Os funcionários da Secretaria de Ação Urbana, de Itumbiara, que trabalham com roçagem de mato, podas de árvores, limpeza de terrenos e recolhimento de entulhos, têm mais riscos de contato com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas.
O que fazer quando se deparar com esses animais venenosos? Qual o procedimento ao ser mordido por uma cobra ou picado por um escorpião e evitar que a pessoa fique com lesões graves ou até venha a morrer? A coordenadora da UVZ, Unidade de Vigilância em Zoonoses, a bióloga Fernanda Camargo, fez uma capacitação com os servidores da Ação Urbana para tirar essas e outras dúvidas. Ela falou sobre os primeiros socorros e listou os tipos de cobras comuns aqui em Itumbiara, como cascavel, jararaca e coral.
Fernanda explicou que, quando se é mordido por cobra, deve-se lavar o local da mordida, evitar circular e buscar atendimento imediato no Hospital Municipal. “Às vezes fazem torniquetes e amarram com pano e isso não é necessário”, completou. No caso de picada de escorpião, são os mesmos procedimentos. Se possível, levar até o hospital os animais para os médicos e enfermeiros medicarem com soro e remédios, de acordo com a espécie.
A bióloga lembrou que não se deve matar cobras, por ser crime ambiental. Para fazer a captura e a posterior liberação em mata, deve-se chamar o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ou a equipe de Zoonoses, pelo WhatsApp (64) 99294-7154. No caso de escorpiões, explicou que pode se colocá-los vivos dentro de um recipiente.
Fernanda contou que a Unidade de Vigilância em Zoonoses tem convênios com o Instituto Butantan, em São Paulo, e a universidade PUC Goiás, em Goiânia, para onde encaminham animais peçonhentos, capturados aqui na região. Os animais são usados em pesquisas por essas duas instituições.
O convite para Fernanda Camargo fazer a capacitação foi feito pelo secretário de Ação Urbana, Tom de Oliveira, preocupado com a segurança da equipe. Ele explicou que os funcionários da Secretaria usam equipamentos de proteção, como botinas, perneiras e luvas de manejo.
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REPORTAGEM: DIONI RIBEIRO / DECOM